Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores - Geraldo Vandré

segunda-feira, 28 de maio de 2012

ESTUDO DE CASOS - ENTREVISTA HÁ UM HOMOSSEXUAL

OBEJETIVO: Conhecer melhor o modo de vida de um homossexual e seus principais problemas de integração social.
1-Fale um pouco de si: Atividade profissional, escolaridade, família, residência.
R. Nome Mauricio Luciano Neiva, filho de Neusa Maria de Jesus Neiva e Geraldo Caetano Neiva. Residente à Rua Angelina Menezes número 496, cidade de Baixo Guandu Estado do Espírito Santo. Segundo grau completo. Já teve varias profissões, hoje trabalha como cozinheiro contratado no Hospital João dos Santos Neves nesta cidade.
2. Você lida com sua homossexualidade assumida, mas com relação ao trabalho e a sociedade, como as pessoas te recebem?
R. Sim, além de ser homossexual sou também negro sinto-me super bem, no trabalho e na sociedade, no entanto, não me exponho muito, mas sempre fui respeitado como cidadão, porque sei onde e como agir com as pessoas!Sei que precisamos deixar de frequentar certos lugares, pois não somos bem recebidos.
3. Algumas vezes se sentiu discriminado por sua orientação sexual? Fale-nos de alguma situação que tenha passado.
R. Ao se apresentar nas Obrigações Militares na cidade de Cachoeira de Itapemirim fui totalmente discriminado, sendo expulso da Corporação por te declarado se homossexual, tive grande decepção, tinha me preparado fisicamente e mentalmente. Fui humilhado perante aos amigos com palavras. Hoje quando me lembro do acontecido sinto – me derrotado discriminado, meus colegas todos seguiram a profissão.
4. Um dos grandes problemas enfrentados pelos transexuais atualmente no Brasil, e a falta de uma legislação própria. Mesmo encontrando amparo no artigo 3º da Constituição, segundo o qual constituem objetivos principais da Republica Federativa do Brasil de promover o bem de todos sem preconceitos de origem, raça, cor, sexo, idade e quaisquer outras formas de discriminação. O que pensa que se podem fazer em termos de políticas publica para facilitar essa integração junto à sociedade?
R. Penso que os governantes deveriam criar mais leis e programas que nos dessem mais garantias e condições de oportunidades iguais, pois ainda somos muito discriminados, tudo para nós e mais difícil, principalmente quando precisamos de documentos para legalizar nossa vida pessoal.
5. Você acha que os comportamentos das pessoas estão mudando com relação aos transexuais no Brasil?
R. Sim, mas ainda vivemos crises de preconceitos, hoje temos movimentos sociais e também a mídia que nos ajudam através de denúncias de casos de agressão discriminação e outros. No passado tive um namorado que se matou quando a família descobriu nosso caso, hoje e mais raro isto acontecer.
6. Os transexuais de todos os países estão sempre reunidos em busca de discutir políticas publicas que leve em conta sua especificação de gênero e forma de garantir sua cidadania. O que acha?
R. Nesta cidade que eu saiba ainda não existem programas ou políticas publicas que nos apoia, quando posso, participo de reunião e movimentos sociais nas cidades vizinhas, gosto de participar para conhecer e ajudar a defender nossos diretos.
Relatora: Edna Maria Debortoli e Isabel Cristina França Loss

CONCLUSÃO
Após a realização desta conversa, concluímos que a orientação sexual e homossexual, só é revelada a amigos íntimos e familiares, e que quando revelada a reação nem sempre e boa, porém tende a melhorar, e que na maioria dos casos a sociedade tolera mais não aceita totalmente ainda é preciso mais mobilização programas e projetos de integração por partes dos governantes principalmente em políticas publicas, para que as pessoas possam refletir e conhecer melhor essa parte da população e poder aceitar para uma convivência pacífica, uma vez que esses casos podem acontecer com quaisquer pessoas e a tendência e aumentar. Percebemos também que o único apoio que esses grupos encontram e através dos movimentos e Comunidade LGBT que luta para facilita a integração deles na sociedade. É que nós, enquanto cidadãos que não discriminamos, temos o dever de alertar os que, de certa forma excluem esses grupos de pessoas por suas escolhas pessoais, para que não o façam.
Relatoras: Edna Maria Debortoli e Izabel Cristina França Loss
Blogista: Humbert Von Oertzen Becker

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