Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores - Geraldo Vandré

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

QUESTÕES DE GÊNERO - Vídeo de autoria do próprio grupo-

Vídeo que relata as questões de gênero. Esperamos que todos curtem bastante, pois foi feito com muito carinho. Então aperte o Play e boa sessão cine!!!

"III CONFÊRENCIA MUNICIPAL DEFESA DOS DIREITOS DA MULHER"

Imagem: www.google.com.br

Aconteceu em Baixo Guandu, no dia 25 de agosto, Deste. A “III CONFÊRENCIA MUNICIPAL DEFESA DOS DIREITOS DA MULHER”,  a conferência teve como tema principal “ Plataforma de Políticas Públicas para as Mulheres", e formou-se os 5 eixos principais para debates:

1. Autonomia das Mulheres e Redução da Pobreza
Propostas

·      Criação de uma Secretaria voltada para as mulheres;
·      Mais divulgação dos programas existentes;
·      Criação de um programa qualificação para o primeiro emprego para mulher;
·      O Município promove os cursos, a proposta ê que a sociedade se organize e forme a casa do artesão para venda de seus produtos.
2. Saúde das Mulheres, Direitos Sexuais E Direitos Reprodutivos.
  •  Estrutura física para o programa da Casa de Saúde da Mulher, um local próprio, uma vez que o programa é referencia no município;
  • Contratação de equipe multidisciplinar com profissionais como ginecologistas, psicólogos, As. Social, entre outros com objetivo de atender a demanda do programa de saúde da mulher no município;
  • Criação de um programa com atividades para melhorar a auto estima das mulheres, para que com isso o uso de remédios reduzam.

3. Educação Inclusiva, Não-Sexista, Não-Racista, Não-Homofobica e Não-Lesbofóbica. 
  • Criação de ambiente nas escolas para inclusão com acessibilidade para crianças especiais;
  •  Inclusão na grade curricular sobre sexismo, racismo, etc.;         
  •  Capacitação para professores sobre este tema.
4. Enfrentamento À Violência Contra As Mulheres

  • Criação da delegacia da mulher, com disque denuncia e 0800;
  • Criação de uma equipe qualificada para apoio das mulheres vitima de violência (estrutura física e de profissionais).

5. Enfrentamento do Racismo, Sexismo e Lesbofobia  
  • Capacitação dos profissionais municipais para lidar com as diferenças;
  • Campanhas de conscientização e sensibilização na comunidade para que as mesmas entendam as diferenças.

PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA


Imagens: http://casadoprofessorbg.blogspot.com/2011/09/programa-saude-na-escola.html

                           Em Baixo Guandu já podemos contar com a formação voltada a prevenção de doenças. A formação acontece para os professores do ensino fundamenta II e é uma parceria entre as Secretarias de Educação e de saúde.
O grupo para gerir o programa é formado por representantes da secretaria de Educação, Estratégia de Saúde da Família, Casa de Saúde da Mulher, vigilância em Saúde, Centro de Testagem e Aconselhamento, Jovens representantes da comunidade.
Acontece às terças um encontro com os professores para o estudo e a troca de experiências sobre diversos temas: drogas, sexo, gravidez, preconceito à saúde para que esses temas sejam esclarecidos pelos professores no cotidiano escolar.
Parabéns pela iniciativa.
A união das Secretarias de Educação e Saúde é imprescindível para o desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem, além de construir um espaço para debates e construções para vida de nossos adolescentes.

Referência:  http://casadoprofessorbg.blogspot.com/2011/09/programa-saude-na-escola.html

A REALIDADE DA MULHER GUANDUENSE

Aviso da lua que menstrua 
Autora: Elisa Lucinda
Moço, cuidado com ela! 
 Há que se ter cautela com esta gente que menstrua... 
 Imagine uma cachoeira às avessas:
  cada ato que faz, o corpo confessa. 
 Cuidado, moço  às vezes parece erva, parece hera 
 cuidado com essa gente que gera
  essa gente que se metamorfoseia
  metade legível, metade sereia. 
 Barriga cresce, explode humanidades
  e ainda volta pro lugar que é o mesmo lugar 
mas é outro lugar, aí é que está: 
 cada palavra dita, antes de dizer, homem, reflita..
  Sua boca maldita não sabe que cada palavra é ingrediente 
que vai cair no mesmo planeta panela. 
Cuidado com cada letra que manda pra ela! 
Tá acostumada a viver por dentro,
  transforma fato em elemento 
 a tudo refoga, ferve, frita
  ainda sangra tudo no próximo mês. 
 Cuidado moço, quando cê pensa que escapou 
 é que chegou a sua vez! 
 Porque sou muito sua amiga 
 é que tô falando na "vera" 
 conheço cada uma, além de ser uma delas.
  Você que saiu da fresta dela
  delicada força quando voltar a ela.
  Não vá sem ser convidado 
 ou sem os devidos cortejos.. 
Às vezes pela ponte de um beijo 
já se alcança a "cidade secreta"
  a Atlântida perdida.
  Outras vezes várias metidas e mais se afasta dela. 
 Cuidado, moço, por você ter uma cobra entre as pernas 
 cai na condição de ser displicente  diante da própria serpente 
 Ela é uma cobra de avental 
 Não despreze a meditação doméstica.
 É da poeira do cotidiano 
 que a mulher extrai filosofando
  cozinhando, costurando e você chega com a mão no bolso
    julgando a arte do almoço: Eca!... 
 Você que não sabe onde está sua cueca? 
Ah, meu cão desejado  tão preocupado
em rosnar, ladrar e latir
então esquece de morder devagar
esquece de saber curtir, dividir. 
E aí quando quer agredir
chama de vaca e galinha. 
São duas dignas vizinhas do mundo daqui!
O que você tem pra falar de vaca? 
O que você tem eu vou dizer e não se queixe: 
VACA é sua mãe. De leite. 
Vaca e galinha... 
Ora, não ofende. Enaltece, elogia: 
comparando rainha com rainha 
óvulo, ovo e leite  pensando que está agredindo
que tá falando palavrão imundo.
Tá, não, homem.
Tá citando o princípio do mundo! 

Comentário:

O poema de Elisa Lucinda reafirma as condições biológicas femininas, mas deixa o alerta para imposição e merecimento de seu respeito por parte masculina, pois não é só um ventre que acolhe seus filhos ou um objeto que satisfaz seus desejos. Ela é um ser com vontade própria, que tem direito a igualdade e divisão justa do trabalho público e privado.
Em nosso município constatamos que não temos serviços especializados para o atendimento das mulheres que sofrem agressão. 
Fomos à delegacia local e pedimos informações referentes à demanda atendida por eles em relação aos casos de estupro e violência doméstica, nos responderam que somente por meio de ofício e se o delegado permitisse, tendo alguém disponível, poderiam procurar os dados para uma posterior consulta.
Somos um município com 29.086 habitantes (http://pt.wikipedia.org/wiki/Baixo_Guandu), em igualdade quantitava de gênero e pensamos que a mulher merece mais atenção no tocante a igualdade.
Nós também procuramos o Hospital Dr. João dos Santos Neves, único no município, para buscar dados sobre o número de casos com mortalidade materna embasados na notícia do dia 25 de setembro extraída do jornal “A Tribuna” onde consta:
Imagem: www.google.com.br

"Brasil não cumpre meta." "O Brasil deixará de cumprir uma das metas do mil ênio para a saúde pública porque o ritmo de redução na mortalidade materna foi medíocre ma última década, indica estudo.

Mais de 65 mulheres em cada 100 mil parturientes morrem no país devido a problemas na gestação ou no parto.
Nos últimos 11 anos, quando o mundo viu uma redução anual de 3,6% nesta estatística, no Brasil o ritmo foi de 0,3%."

A assistente social relatou que trabalha lá há 20 anos e que só lembra-se de um caso de morte, mas pelo fato de complicações já pré existentes. A assistente se prontificou a buscar dados junto aos obstetras da equipe.
Elisa Lucinda grita por todas as mulheres que ainda sofrem pelo fato de haver desigualdade e que as mulheres querem conquistar seu espaço mediante os direitos prioritários de saúde, respeito e justiça.
Esperamos um país mais transparente, pois buscamos informações dentro dos órgãos públicos e não obtivemos respostas.
Fica registrado nosso descontentamento com a falta de acesso a realidade do município.

Referência Bibliográrica de:
Elisa Lucinda dos Campos Gomes (Vitória, 2 de fevereiro de 1958) é uma poetisa, jornalista, cantora, e atriz brasileira. Mudou-se para o Rio de Janeiro, para uma vila da Tijuca, em 1986, disposta a seguir a carreira de atriz. Trabalhou em algumas peças, como Rosa, um Musical Brasileiro, sob direção de Domingos de Oliveira, e Bukowski, Bicho Solto no Mundo, sob direção de Ticiana Studart. Integrou o elenco do filme A Causa Secreta, de Sérgio Bianchi. Seu primeiro trabalho na televisão foi na telenovela Kananga do Japão, em 1989, na extinta TV Manchete. Fez várias apresentações teatrais, com declamação de seus poemas, e algumas com a participação especial de Paulo José. No mesmo formato apresentou em seguida Euteamo Semelhante. Acredita no poema vivo pela declamação, tanto que criou uma associação no Rio de Janeiro de estudo de declamação que promove saraus.
Em 2010, a atriz foi agraciada com o "Trofeu Raça Negra 2010" pelo sua contribuição à cultura brasileira. O evento solene ocorreu na Sala São Paulo, uma das mais modernas e luxuosas da América Latina.[1]
Em 2011, a poetisa foi entrevistada no programa online "Filossofá - Desertores do Cotidiano", gravado em um sofá, em cima das dunas de Itaúnas, no Espírito Santo. Itaúnas é o lugar em que Elisa passa as férias e que mantém uma "casa-poema".
 
 Carreira artística
 Livros
* A Menina Transparente
* Euteamo e suas estréias
* O Semelhante
* Coleção Amigo Oculto (trilogia infantil).
* Contos de Vista
* A Fúria da Beleza (2006)
* Lili a rainha das escolhas
* Parem de Falar Mal da Rotina(2010)
 CDs de poesias
* Semelhante - sob o selo da gravadora Rob Digital
* Euteamo e suas Estréias - sob o selo da gravadora Rob Digital
* Notícias de Mim, com poemas da poeta paulista Sandra Falcone, participação de Miguel Falabella, direção e produção de Gerson Steves. O CD é resultado do espetáculo homônimo com roteiro e direção de Steves.
 Televisão
Telenovelas * 2011 - Insensato Coração .... Vilma * 2009 - Viver a Vida .... Rita * 2006 - Páginas da Vida .... Selma * 2003 - Mulheres Apaixonadas .... Pérola * 1995 - Sangue do Meu Sangue .... Beatriz * 1990 - Araponga * 1990 - Escrava Anastácia.... Ermelinda (Yatunji) * 1989 - Kananga do Japão .... Sueli
Séries * 1997 - Você Decide - episódio: Preconceito
 Cinema
* 2003 - Gregório de Matos
* 2003 - As Alegres Comadres .... Mrs. Rocha * 2002 - Seja o que Deus Quiser
* 2001 - A Morte da Mulata
* 1997 - O Testamento do Senhor Napumoceno .... Dona Jóia * 1994 - A Causa Secreta
* 1990 - Barrela: Escola de Crimes

FONTE  http://pt.wikipedia.org/wiki/Elisa_Lucinda

Referências: Habitantes de Baixo Guandu - http://pt.wikipedia.org/wiki/Baixo_Guandu

DESIGUALDADES DE GÊNERO NO BRASIL

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Características como a menor participação da mulher no mercado de trabalho, estão diretamente ligadas aos trabalhos domésticos, função tipicamente do gênero feminino, segundo o que convencionou-se no passado muito presente até hoje.
O comprometimento dos “a fazeres das mulheres no lar”, compete diretamente com o grau de comprometimento nos “a fazeres no mercado de trabalho”; refletindo diretamente na ocupação de determinados cargos, e conseqüentemente na percepção do salário. Essa adequação deverá ser buscada entre homens e mulheres, mais com a participação do estado e a sociedade.
O desenvolvimento da medicina, e os programas de assistência às mulheres no processo reprodutivo, diminuíram a mortalidade infantil, e deu melhor qualidade de vida às mulheres. Mais de nada adiantará se não houver uma combinação flexível dos dois, (homens e mulheres) na reestruturação da nova unidade familiar que inquestionavelmente surgem diante nossos olhos hoje.
A violência doméstica chega aos ridículos e incompreensíveis 70%, em grande parte realizada pelo marido ou companheiro.
A desconfiança no atendimento desses delitos, aliados ás freqüentes ameaças de seus companheiros agressores, mascaram os números, das que nem sempre buscam ajuda e/ou denunciam a violência.
A unidade familiar adequada apresenta os dois cônjuge inseridos no mercado de trabalho, e seus filhos de 0 a 6 anos acolhidos nas creches de qualidade. A creche, além de liberar a mãe, incute às crianças melhor desenvolvimento emocional e social.

Referência:

Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça| GPP- Ger: Módulo II/ Maria Luiza Heilbon, Andreia Barreto.

GÊNERO FEMININO



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Vejamos quanto ao que conceituamos em relação à mulher, ser bem aceita como uma física ou assistente social; ou o contrário, se substituirmos por um homem, há uma diferença gritante no tocante á aceitação e tolerância. Paralelo a essa, é fatídico que a remuneração entre homem e mulher é diferente, sempre desfavorável á mulher.

A ativa e maciça participação da mulher no sistema produtivo requer maior índice de escolaridade, melhorias salariais; mais reflete diretamente na sua presença no seio da família e o índice de fecundidade. O desenvolvimento de forma geral, baixa outros índices como mortalidade, pobreza e analfabetismo.
O recente crescimento experimentado pelo Brasil, veio aliado á um grau de distribuição da riqueza nacional, abrindo um leque de novos brasileiros que engrossaram a nova classe média brasileira.
Ver nossos pobres reduzidos pela metade em 15 anos nos engrandece, principalmente em saber que entre negros e mulheres esses índices são ainda melhores. É um claro e inequívoco momento em corrigir as distorções nacionais

Considerando que as mulheres estudam mais e estão melhor capacitadas, receber menos que os homens exercendo a mesma função foge á qualquer explicação aceitável... É pura discriminação.
O trabalho doméstico (quase sempre desempenhado por mulheres e não remunerados) são pré- concepções discriminatórias, ligadas à servidão do sexo mais fraco, no caso a mulher.
Cabe sempre á mulher na busca de sua inserção no mercado de trabalho, adequar-se a essa nova incumbência, às do lar (em casa). Enquanto ao homem, lhe é permitido afastar-se, pois não desempenha em casa função alguma que requer a sua presença.
A intolerância, discriminação e a repressão violenta, nos permeiam, enquanto não realizarmos a ruptura do formalismo convencional entre o masculino e o feminino.
No século XIX formalizou-se consistentemente a diferença entre o masculino e feminino.
Ao fato de que culturalmente é possível remodelarmos as personalidades, surge o viés de que seja possível moldar indivíduos para serem líderes, administradores etc...
Hoje, não podemos definir esse ou aquele comportamento sexual como sendo normal, superior ou melhor.

Referência:
Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça| GPP- Ger: Módulo II/ Maria Luiza Heilbon, Andreia Barreto.

GÊNERO E HIRARQUIA SOCIAL


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Ao analisarmos as relações entre homens e mulheres e que percebemos a importância do modelo de cultura que herdamos e que hoje constroem e define padrões de organizações das representações das práticas sociais no mundo de hoje. As relações sociais desiguais entre homens e mulheres atravessam um conjunto de vida da sociedade, nos campo do trabalho, da família dos indivíduos  de cada sexo na hierarquia social.A questão de gênero é usada também para determinar a organização do espaço público e privado, para homens atividades relativas â produção de bens e serviços, mulheres mais voltadas aos cuidados dos filhos, a ao trabalho domésticos,  mas essa visão tradicional apresenta mudanças , o maior aumento da escolaridade atestam um perfil das relações melhores e a defesa dos direitos humanos supõem uma postura de direitos iguais de respeito, independente da cor e do gênero, da orientação sexual do amor.

Referência
Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça| GPP- Ger: Módulo II/ Maria Luiza Heilbon, Andreia Barreto.

 

GÊNERO/ SEXO E SEXUALIDADE

            Vivemos em uma época e numa sociedade extremamente mascada pela diferenças de gênero, classe social, etnia, aparências físicas principalmente entrem homens e mulheres, e por meio das relações sociais que se dão na história essas diferenças atribuídas a eles produzem uma relação de poder. Após o avanço do pensamento mais aberto e através de discussões sobre  o papel feminino e masculino, de forma que uma diferenciação se faz necessário, criando meios de comportamento sociais que  se encaixassem na sociedade para atender as necessidades  do que realmente representa toda diversidade da sexualidade humana para uma nova forma de pensamento que conseguisse ajuda a  para intensificar os vínculos  entre os diferentes e criando uma aliança ampla e diversa incluindo tanto direito não violência  o trabalho digno e também o direito de explorar a sexualidade e buscar os prazeres e desejos que a satisfizessem.

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Referência: Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça| GPP- Ger: Módulo II/ Maria Luiza Heilbon, Andreia Barreto.