Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores - Geraldo Vandré

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

"HERANÇA DE ARTHUR DE GOBINEAU"

Arthur de Gobineua foi o mentor do mito ariano, difundido por Adolf Hitler, dentre outros.
Segundo ele, o fim da humanidade se deveria à “catástrofe” da mestiçagem {...}. Com essa declaração damos início a uma história de racismo e dominação cultural vivida por minha família ao longo de décadas.
Bem, só como forma de contextualização meu bisavô Gustav Heinrich Knoblauch, nasceu na Alemanha, lutou na 1º Guerra Mundial. Lá constituiu família e teve seu primeiro filho chamado de Walter Knoblauch, avô paterno que chegou aqui com quatro anos de idade, em um navio cargueiro. Sua profissão, ferreiro conhecido em Baixo Guandu, ES; Homem de aspecto rude, que falava pouco, mas tinha o sonho de favorecer a formação para os nove filhos (as) que, com muita dificuldade criou.
Meu avô tinha uma herança que não advinha de seus pais, mas sim dos horrores da guerra e da formação obtida por seu pai na Alemanha. E que apresentou crescente nível de gravidade com as idéias de Hitler, pois mesmo de longe a família não deixava de ter dupla cidadania e acompanhar os acontecimentos na Alemanha e sofrer as repressões no Brasil pelo fato de serem provenientes da Alemanha. Tiveram sua casa invadida, na zona rural e suas “armas” apreendidas. 
É impossível refletir hoje e acreditar que meu avô era racista declarado, nada fazia com que mudasse de ideia. Houve casos de não aceitação de cônjuge “mestiço”. Era um avô exemplar, meu segundo pai, mas declarava esta injuria: “O Brasil não tem raça, é a misture de todas as raças”. Com isso, a ideia reflete no pensamento de Gobineau, pois meu bisavô e meu avô queriam dar continuidade ao mito ariano. 
Sou muito otimista e penso que meu avô muito me ensinou, pois apesar do preconceito, deixou lições valiosas e uma delas e justamente contradizer suas falas, como eu faço agora. Não para desrespeitar sua memória, mas para afirmar que nem toda verdade e fechada e que ainda há tempo para melhorar muitas coisas em nosso entorno.

Arthur de Gobineau
Nascimento 14 de julho de 1816 Ville-d'Avray
Morte 13 de outubro de 1882 (66 anos) Turim
Nacionalidade FrançaFrancês
Ocupação Diplomacia, literatura, filosofia




Adolf Hitler
Alemanha Nazi Mandato 2 de agosto de 1934 até 30 de abril de 1945
Antecessor(a) Paul von Hindenburg (Presidente)
Sucessor(a) Karl Dönitz (Presidente)
Chanceler da Alemanha
Alemanha Nazi

Mandato 30 de janeiro de 1933 até 30 de abril de 1945
Antecessor(a) Kurt von Schleicher
Sucessor(a) Joseph Goebbels
Vida
Nascimento 20 de abril de 1889 Braunau am Inn, Áustria-Hungria
Falecimento 30 de abril de 1945 (56 anos) Berlim, Alemanha


Fonte: Livro, Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça Módulo 3  . Unidade 1: A construção da ideia de raça. Página 43
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arthur_de_Gobineau
http://pt.wikipedia.org/wiki/Adolf_Hitler  

Relator: Wilma Rosane Knoblauch Schulz e Helena Dias Salla Pagcheon
Blogueiro/ bloguista: Humbert Von Oertzen Becker
 

Campanha da agência Afropress - "Se eu fosse assim, você me olharia de outra forma?"

Campanha da agência Afropress contra o racismo nas ruas brasileiras. Uma ação simples, mas com um forte impacto. A campanha  vem para ascender ainda mais a discussão sobre o racismo. A imagem, que você pode conferir abaixo dá margens para várias questões muito complexas, porém o objetivo principal da campanha (impactar) foi realizado com sucesso. Nessa imagem Meninos de rua com uma máscara de meninos brancos abordavam os condutores. Na suas camisetas, dizia ”Se eu fosse assim, você me olharia de outra forma?”

Referência: http://www.afropress.com/indexNew.asp

Relator: Humbert Von Oertzen Becker
Blogueiro/bloguista: Humbert Von Oertzen Becker

"FUTUCANDO AQUI E ALI - ENCONTREI ESSE VIDEO"

Encontrei um video de uma entrevista a MV Bill sobre o movimento negro, no video MV Bill  narra sua experiências. Então apanhe logo sua pipoca e seu refri. e de o play no vídeo.

Referencia: http://www.youtube.com/watch?v=EKjfUysPFDo

Relator: Humbert Von Oertzen Becker
Blogueiro/bloguista: Humbert Von Oertzen Becker

"O CIRCULO PALMARINO"

O Círculo Palmarino é “uma corrente nacional do movimento negro, criada em março de 2006, na cidade de Vitória – ES, que tem como objetivo combater o racismo e todas as suas manifestações concretas”. O movimento possui militantes atuando em vários Estados e o objetivo principal é a reunião de negros/as e antiracistas, “a partir de suas comunidades e espaços de atuação, e estabelecer ações permanentes de formação e mobilização política”.  No município de Colatina está organizado um núcleo do movimento.

Referência:  http://www.circulopalmarino.org.br/

Relator: Alice Oliveira Luna
Blogueiro/bloguista: Humbert Von Oertzen Becker

"MOVIMENTO NEGRO CONTEMPORÂNEO"

Em nossa região o movimento negro contemporâneo é atuante, em Colatina no ano de 2007 foi criado o Fórum Estadual da Juventude Negra - FEJUNES, que se expandiu no Estado e se consolidou como espaço de discussão e proposição que tem como missão “organizar a juventude negra do Estado do Espírito Santo numa perspectiva autônoma, afro-centrada, quilombola, militante, protagonista, democrática, combativa e de resistência, na luta anti-racista, contra qualquer forma de opressão e pela emancipação do povo negro”. Por meio de ações, sempre impactantes, tais como: grupos de estudo, mobilizações, campanhas etc. o Fórum se fortalece.  

Referência: http://www.fejunes.org.br/
   
Relator: Alice Oliveira Luna
Blogueiro/bloguista: Humbert Von Oertzen Becker

“Empretecimento / Branqueamento” ....

                        Imagem: http://jornaldomeiodia89.blogspot.com/2011/03/colegio-de-jequie-ganha-selo-pela.html

  A história do Brasil contada em nossas escolas continua ainda enraizada a discriminação da raça, esquecendo-se da história do momento atual vividos por muitos a marca do preconceito. “Essa prática social contribui não apenas para encobrir o teor discriminatório embutido nessa construção ideológica, mas também para abafar uma reação coletiva. Assim a teoria do branqueamento “atua” no sentido de dividir aqueles que poderiam se organizar em torno de uma reivindicação comum, e faz com que as pessoas procurem se apresentar no cotidiano como o mais branco/a possível”. (Hofbauer, A Uma história de branqueamento ou negro em questão. São Paulo: Editora da UNESP, 2006, p. 212-213).
       Na semana da Consciência Negra a escola onde atuo como Secretária Escolar me fez perceber claramente que os educadores precisam passar por estudos constantes do currículo escolar em relação aos PCNS, a cultura afro-brasileira parece esquecida ou despercebida por eles. Professores e alunos trabalharam na confecção de cartazes, texto dentre outros, mas ao finalizar a programação da semana convidaram uma contadora de história e para minha surpresa a contadora era de cor branca e de olhos verdes para contar a historia Menina bonita do laço de fita de Ana Maria Machado, história que contribui em muito para que as crianças se apropriem de valores como o respeito a si próprio e ao outro. Mas a contadora em minha opinião poderia ser uma pessoa de pele escura, pois ficou claro para as crianças o escurecimento de sua pele através de maquiagem e a roupa de cor preta com mangas compridas, constatamos através desta experiência o contrário do embranquecimento. Cria-se um novo conceito de “empretecimento”. Onde a valorização dos educadores negros (as) ficou restrita. Temos pessoas negras cheias de talento que poderiam representar e valorar a história com suas experiências pessoais.

Referência: Hofbauer, A Uma história de branqueamento ou negro em questão. São Paulo: Editora da UNESP, 2006, p. 212-213

Relator: Wilma Rosane Knoblauch Schulz e Helena Dias Salla Pagcheon
Blogueiro/ bloguista: Humbert Von Oertzen Becker

PLANO DE AÇÃO - "A escravidão no Brasil"

Identificação do/a cursista


Nome: HELENA DIAS SALLA PAGCHEON
Órgão em que trabalha: PREFEITURA MUNICIPAL
Cargo: SECRETÁRIA ESCOLAR
Função: SECRTÁRIA ESCOLAR
Município: BAIXO GUANDU
Observação (caso seja necessário): 
Número da turma: 01
Nome da professora on-line: Prof.ª  ARIANA PEREIRA LEITE

Objetivo Geral da ação


Desenvolver com os profissionais da educação novas formas de ensinar a cultura afro-brasileira e a escravidão no Brasil, através de palestras, vídeos, oficinas e de estudos que contribuam para explorar melhor as atividades que serão desenvolvidas no decorrer do projeto.

Justificativa

Vejo que a forma de ensinar a cultura afro-brasileira deve estar de acordo com os PCNS, e que as escolas precisam explorar mais de seus profissionais da educação.

Descrição da ação

 O projeto será desenvolvido na EMEIEF “Governador Lacerda de Aguiar” com todos os profissionais que atuam na área da educação, através de reuniões onde será exposta a todos a importância do projeto para o processo ensino-aprendizagem, visando estimular os profissionais para que percebam a importância da cultura afro-brasileira como parte do currículo escolar. Esse projeto terá a participação dos profissionais da educação, alunos e palestrante. Será usado para desenvolver o projeto:
 * PCNS, vídeo, data show, revista, livros, jornais, laboratório de informática para pesquisa;
* Lata de marmelada, lixa, tampinha de metal, prego e arame;
* Palestra com o Tema A Cultura Afro-brasileira;
Esse projeto tem como foco principal o envolvimento de todos os profissionais da educação juntamente com os alunos na confecção de um dos instrumentos musicais usados pelos negros africanos. 

Cronograma

ABRIL -    Organização do cronograma das ações que serão desenvolvidas.

PERIODO - De 02/04 à 10/04/12 Expor a todos os profissionais o projeto, os objetivos e as metas propostas.

                    De 11/04 à 30/04/12 Estudos dos PCNS sobre a cultura afro-brasileira.

MAIO - Promover a sensibilização e promoção para o início do projeto.

PERIODO - De 02/05 à 15/05/12 -Trabalhos com a utilização de livros, revista e jornais.

                    De 16/05 à 31/05/12 - Palestras Atividades de pesquisas no laboratório de informática.

JUNHO - Aulas direcionadas para a confecção do instrumento musical escolhido.

PERIODO - De 01/06 à  08/06/12 - Expor aos alunos passo a passo de como confeccionar um pandeiro.

                    De 11/06 à  28/06/12 - Confecção do pandeiro, apresentação e exposição do instrumento musical confeccionado pelos alunos com participação da comunidade local.

População beneficiada

Diretor, Educadora Especialista Pedagógica, Sec. Escolar, Auxiliar de Serviços Administrativo, coordenadoras, Auxiliar Serviços Gerais, Guarda Patrimonial, Professores , Estagiárias e a comunidade local.

Relator: Helena Dias Salla Pagcheon
Blogueiro/ bloguista: Humbert Von Oertzen Becker

MOVIMENTO NEGRO E MOVIMENTO DE MULHERES NEGRAS: UMA AGENDA CONTRA O RACISMO

No início do século XX surge de forma mais organizada o movimento negro no Brasil, onde constituíram e criaram clubes que focavam seus esforços no âmbito do lazer, profissionalização, estética e a fomentação na participação da vida política na sociedade brasileira. Perceberam também a importância/alcance da mídia, na busca de melhorarem ás condições dos negros/(as) em todo o território brasileiro; daí a necessidade de que alguns jornalistas negros observaram em lançar mão da imprensa negra.
Então como podemos verificar, há de se fomentar, alavancar, disponibilizar condições tecnológicas e econômicas financeiras para conscientizar, educar, preparar os grupos sobreviventes em condições desfavoráveis, para que possam igualar-se na questão de obtenção/aproveitamento em condições igualitárias das oportunidades na participação sócio-econômica de nossa sociedade ou em qualquer outra.
 Com a participação das secretarias governamental e a profissionalização dos movimentos, eis que surgem articulações que passa a acolher com mais sensibilidade não somente as reivindicações dos afro-brasileiros como também, ao tecer as leis e os direitos civis, observassem a participação ativa dos movimentos afro-brasileiros.
                             Imagem: http://confrariadospoetasdejaguarao.blogspot.com/2010/11/clubes-negros-patrimonio-cultural.html

Referência: GPP - GeR - Modulo 3
Relatores: Edna Maria Debortoli e Izabel Cristina França Loss
Blogueiro/Bloguista: Humbert Von Oertzen Becker

DESIGUALDADES RACIAIS E REALIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA

Imagem: http://carcara-ivab.blogspot.com/2011/08/desigualdade-racial-na-educacao-do-pais.html
É latente a realidade de que o branco tem mais e melhores condições de se prepararem para o mercado, alcançam as oportunidades e conseqüentemente agregação de qualidade de vida, diferentemente dos não brancos.
Com a utilização da metodologia e estatísticas, verificou-se a necessidade de focar a atenção em decorrência de fatores geográfico/demográficos e momentos que oscilam entre crise e crescimento econômico, para melhor/compreender ás condições/oportunidades entre brancos e não brancos brasileiros.
Nesse contexto foi só a partir dos anos 90 é que os indígenas passaram a compor o foco de estudos na composição de nossa sociedade.
Com a inserção dos indígenas, durante a PENAD de 2007, verificou-se que os brancos são minoria menos de cinqüenta por cento da população que compõe a sociedade brasileira.
O Brasil demorou a investir em ensino, isso acarretou uma série de equívocos que acabaram por penalizar ainda mais os pardos, indígenas e negros, pois os poucos recursos aplicados no ensino, privilegiavam as instituições de ensino freqüentado na sua maioria pelos brancos. Para os poucos recursos disponíveis, existia e existe até hoje pouca ou quase nem uma política pública com critérios favoráveis aos não brancos – salvo a política de cotas.

Referência: GPP- GeR - Modulo 3
Relatores: Edna Maria Debortoli e Izabel Cristina França Loss
Blogueiro/Bloguista: Humbert Von Oertzen Becker


MOVIMENTO DE MULHERES NEGRAS BRASILEIRAS

Imagen http://dianacostaeduhistoria.blogspot.com/2011/01/mulher-negrainsercao-nos-movimentos.html



 Com o fim da escravidão no Brasil, o movimento negro brasileiro começa a floresce com os primeiros protestos e diversas estratégias pela inclusão social e a superação do racismo na sociedade brasileira, e nas décadas de 70 e 80 esse movimento fica mais fortes e reconhecidos internacionalmente, pois nesse período e libertado na África do sul Mandela, surgem novas visões sobre o racismo resultando em organizações sindicais com ação coletivas e de caráter reivindicatório ou de protesto com objetivo de resgatar a cultura afra brasileira e rebater a desigualdade social e também reenvidicação de políticas publicas cotas para estudantes negros e obrigatoriedade do ensino da África e do negro nas escolas públicas do país. A mulher negra sempre precisou e necessitou estar na luta por melhores condições de vida, e isso se fez através de várias organizações desde o período de escravidão e ate os dias atuais, pois as desigualdades sofridas e enfrentadas por elas principalmente por se negra e pela dificuldade ao acesso no mercado de trabalho, acesso ao poder na política na luta pela discriminação do aborto, Pela autonomia sobre seu próprio corpo e direitos sexuais reprodutivos. O movimento de mulheres negras no Brasil teve muitas dificuldades, mas rompeu as barreiras da exclusão em sua trajetória e resgatou a liberdade e o respeito e o reposicionamento de concepções políticas que ajudaram para que esse movimento pudesse repensar na construção de uma sociedade mais democrática para todos os negros no Brasil.

Referência: GPP - GeR - Modulo 3

Relatores: Edna Maria Debortoli e Izabel Cristina França Loss
Blogueiro/Bloguista: Humbert Von Oertzen Becker